A alimentação sob um olhar digital

A alimentação sob um olhar digital

Em outubro passado, uma pesquisa inédita foi realizada pelas parceiras BHB Food, responsável por um dos principais eventos de tendências e inovação no setor de alimentos e bebidas, e a Decode, empresa de análise de dados. Com o título “Alimentação sob um olhar digital”, a pesquisa mapeou, com base em big data, tendências e comportamentos relacionados à alimentação.

A partir das análises, chegou-se a cinco grandes tendências que têm chamado a atenção dos brasileiros de maneira expressiva. Além disso, a pesquisa mostrou que esses movimentos prometem ascensão nos próximos anos. Confira à seguir!

 

Plant-based

A dieta plant-based tem sido vista pela ciência como um caminho para um sistema alimentar mais sustentável e saudável. Seu crescimento tem sido expressivo, assim como pesquisas e busca por informações a respeito.

Segundo a análise, o volume de visualizações em vídeos ligados a este tipo de dieta no YouTube cresceu três vezes nos últimos 7 anos, chegando a um volume bruto de 909 mil visualizações em 2020.

Ao citar conteúdos de artigos, os assuntos com maiores engajamentos foram informações sobre dieta plant-based (31%), dicas e inspirações para uma dieta plant-based (26%), ações de marcas para dieta plant-based (20%), impacto de produtos plant-based na economia (17%), tecnologia como instrumento da dieta plant-based (4%) e críticas ao veganismo (2%).

Dentre os alimentos plant-based mais buscados no Google destacam-se: veganos – bolo, leite, chocolate, hambúrguer, queijo, torta e pão; vegetarianos – hambúrguer, presunto, lasanha, torta, carne, pizza e quibe.

Mais alguns insights:

  • O interesse do público por veganismo cresceu 941% nos últimos 8 anos.
  • As buscas no Google por vegetarianismo aumentaram 20%.
  • Percentual de menções positivas sobre dieta plant-based aumento de 22% em 2010 para 43% em 2020.

 

Suplementos alimentares

A venda de suplementos alimentares aumentou 48% durante a pandemia. Muitas pessoas compraram vitaminas e outros produtos voltados à imunidade (91%). Mas, o número mais expressivo de crescimento foi dos suplementos esportivos.

De acordo com a Euromonitor, somente no Brasil, o mercado de suplementos alimentares movimentou cerca de R$ 6,6 bilhões em 2019.

No digital, os suplementos mais vistos foram a creatina (38%), o BCAA (25%), a maltodextrina (13%), o whey protein (12%) e a albumina (12%), totalizando quase 19 milhões de visualizações somente no YouTube.

Quanto aos conteúdos, os mais vistos e procurados foram sobre como usar os produtos. Já sobre engajamento, os produtos de destaque foram os snacks e bebidas proteicas.

 

Proteínas

A pesquisa apontou uma crescente busca por outras alternativas às proteínas de origem animal. Ainda assim, o consumo de carne é alto no Brasil. A tendência dessa febre da proteína é global e o mundo fitness tem grande influência neste mercado.

A proteína é altamente reconhecida como benéfica à saúde e 65% dos consumidores brasileiros concordam com essa afirmação. Em contrapartida, o volume de visualizações em vídeos que fazem menção a dietas à base de proteína caiu cerca de 90% em 4 anos.

Quanto aos alimentos e produtos à base de proteína mais buscados no Google por pessoas que objetivam o aumento de massa muscular, destacam-se: dieta de proteína, proteína de soja, ovo, proteína whey, barra de proteína, proteína do leite, proteína isolada e proteína de frango.

Quanto a busca por um modo alternativo ao consumo de carnes vermelhas e outros alimentos processados, as menções chegam a 31%.

A pesquisa demonstra que algumas oportunidades surgem neste meio: os consumidores querem mais conveniência e produtos inovadores, além de apoio ao desempenho de esportes, ajuda no bem-estar do corpo, redução de ingestão de carboidratos e preservação do músculo magro. Tudo isso com base em proteína natural.

O que isso significa? Que a proteína adicionada deve ser a mais natural possível, que os consumidores estão dispostos a pagar um preço premium e que a conveniência é crucial.

 

Produtos clean label

Os produtos clean label, assim como os plant-based, são ainda desconhecidos por grande parcela da população, já que muitos consumidores não estão habituados com esse termo. A análise traz como destaque as diferentes expressões associadas a estes produtos como os sem corantes, sem conservantes, sem aditivos, conservante natural e outras.

Quanto a busca por este termo, o mapeamento mostrou que elas foram realizadas muito mais por usuários interessados em aprender sobre o tópico. Sendo assim, as questões mais buscadas sobre clean label foram: o que é clean label, como conseguir selo clean label, como identificar um produto clean label, como ser clean label, o princípio clean label, o que é um produto clean label e o que significa a tendência clean label.

O Brasil ficou entre os cinco países que mais buscaram por produtos clean label em setembro.

  • EUA: 15,4%
  • França: 12,6%
  • Brasil: 12,2%
  • Taiwan: 10,3%
  • Alemanha: 6,8%

 

A pesquisa mostra ainda que apesar do nível elevado de aprovação, ainda há dúvidas sobre a qualidade dos produtos com menos aditivos. Já os produtos mais comentados no YouTube são: molho (27%), temperos (20%), sobremesas (17%), doces (12%), corante natural (10%), iogurtes (7%), sucos (5%), embutidos (2%), e lanches (2%).

 

Alimentos indulgentes – industrializados

Neste tópico, foi estudado o quanto as pessoas recorrem aos alimentos como fonte de prazer. Durante a pandemia, observou-se um aumento na procura por receitas saudáveis, mas, também por pratos mais gourmets.

O volume de buscas por alimentos ultraprocessados no Google cresceu, em média, 327% entre 2010 e 2020. Os mais citados pelos internautas são refrigerante, leite (iogurtes), açúcar e hambúrgueres. Já os alimentos substitutos mais citados foram a água, carne, suco e frutas.

Receitas caseiras tiveram grande engajamento nas redes e as de doces apareceram em 71% do total de interação, enquanto as salgadas representaram 29%.

Os vídeos sobre malefícios ao corpo causados por alimentos ultraprocessados e dicas para substituí-los ganharam mais visibilidade nos últimos 4 anos, indicando um crescimento quanto à conscientização deste tipo de produto.

Mas, o interesse dos internautas por fast-food ainda é, em média, seis vezes maior do que por informações e dicas para uma alimentação saudável, ou seja, o saudável ainda tem um longo caminho a percorrer. De acordo com a pesquisa, a solução então é ser as duas coisas.

Por fim, a pesquisa apresenta dados sobre o tema alimentação saudável nas redes sociais, mostrando que o Instagram é o canal mais relevante para este assunto, ficando com 62,1% da concentração dos seguidores, enquanto o Facebook detém 19,7% dos interessados e o YouTube detém 18,2%.

 

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